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A Origem do The Sims: Tudo Começou com um Incêndio

Will Wright se inspirou a fazer o The Sims depois de perder sua casa para um incêndio.

Há alguns anos atrás o jornal americano Berkeleyside publicou um artigo falando sobre a origem do The Sims e a relação com seu criador, Will Wright.

No texto a seguir, você entenderá um pouco sobre como surgiu a ideia de se criar o simulador de vida que mais tarde se tornaria o jogo de PC mais vendido da história.

A Origem do The Sims: Tudo Começou com um Incêndio

A casa de Will Wright foi uma das primeiras a queimar em uma tempestade em Oakland-Berkeley. De início, seu pensamento rápido em fugir sem demora provavelmente foi o responsável por salvar a sua vida e a de sua primeira esposa, além de vizinhos próximos que também levou com ele. A experiência traumática também teve outra consequência: inspirou-o a criar o que se tornaria o jogo de computador mais vendido da história.

O processo de avaliar suas perdas e necessidades materiais depois que sua casa foi incendiada levou Wright a pensar no valor dos bens e nas funções que cada um deles tinham. Sempre apaixonado por arquitetura, ele começou a desenvolver a ideia para um jogo em que os jogadores simulavam atividades diárias em uma casa suburbana, incluindo a construção de uma casa do zero: nascia então o The Sims.

 

"Vizinhança do The Sims 1"
“Vizinhança do The Sims 1”

 

A casa de Wright ficava em uma cordilheira em Norfolk Road, muito próximo ao local de um incêndio que não havia sido completamente apagado, e que se acredita ter provocado o incêndio catastrófico que varreu as colinas no dia 20 de Outubro.

Wright lembra de acordar naquela manhã e sentir o cheiro de fumaça.

“O vento vinha do leste, o que era incomum e havia muita fumaça”, diz ele. “Liguei para o 911 e eles disseram que tudo estava sob controle.” Wright foi fazer a barba e tomar banho, mas a fumaça estava aumentando a tal ponto que ele se viu forçado a ligar novamente para o 911. “Estava tudo acontecendo tão rápido e fora de controle”, diz ele.

Seus vizinhos haviam deixado o filho de dois anos com os avós de Wright e sabia que não tinham carro. Ele teve que convencê-los a saírem, mas, eventualmente, eles concordaram em ir com ele e sua esposa. depois que Wright tirou algumas fotos, o grupo foi direto para o carro e desceram as colinas. Nesse ponto, o fogo estava se alastrando a uma velocidade em que eles se viram dirigindo em um corredor de chamas.

“Dirigimos pela Charling Cross Road, onde várias pessoas morreram. Estávamos cinco minutos adiantados quando chegamos lá”, diz ele. “Em nenhum momento vimos um policial ou bombeiro.”

Cerca de uma semana depois, Wright voltou em um carro da polícia para ver o que restava de sua casa. “Havia sobrado a chaminé, uma churrasqueira, e um carro que era apenas um grande pedaço de poça de alumínio derretido”, diz ele.

Wright descobriu que a perda de seus bens não o afetava muito. “A parte interessante foi descobrir que eu não era apegado tão apegado a essas coisas”, diz ele. “Comecei a avaliar minhas necessidades materiais: uma escova de dentes, roupas íntimas, um carro, uma casa … Fiquei surpreso ao não sentir falta das coisas. O fato de termos fugido e ninguém da nossa família estar ferido parecia muito mais importante.”

Os Sims tiveram sua gênese ali mesmo, quando Wright vasculhava seu inventário de necessidades – enquanto “tentava recuperar uma vida”.

“Comecei a pensar em todas as coisas que temos e como compramos cada uma delas por um motivo. Por que precisamos de x ou y ou z? Por que achamos que algo me fará mais feliz?Isso quase se resumiu à pirâmide de necessidades de Maslow ”, diz ele.

O incêndio fez com que Wright se afastasse de sua vida e se perguntasse “do que a vida é composta”, diz ele. “Raramente você faz isso na sua vida real. Quando algo assim acontece, você obtém uma grande imagem. Onde eu quero morar? Que tipo de coisas eu preciso comprar? Você vê sua vida quase como um projeto em andamento. Quando você está inserido no seu dia-a-dia, não tem essa perspectiva. ”

Wright fez uma análise e estudou muito sobre o uso do tempo – como John Robinson e Geoffrey Godby, no livro Time for Life: The Surprising Ways American Use Your Time . Ele também mergulhou na análise comportamental das compras. As idéias que ele recolheu, combinadas com seu fascínio pela arquitetura e espaços de convivência, levaram ao projeto The Sims – um jogo cujo foco é construir espaços e simular os hábitos diários das pessoas que vivem neles.

O momento foi propício, Wright tinha acabado de completar um ano trabalhando em Sim Ant (jogo que simula formigas). Inclusive, apenas duas semanas antes, ele havia levado todo o código-fonte do jogo de sua casa para o escritório – evitando por pouco que fosse consumido pelo Incêndio.

Formigas estavam em sua mente quando Wright voltou ao local de sua casa arrasada nas colinas. “A única forma de vida que sobreviveu foram as formigas”, diz ele. “Eles estavam no fundo do poço e sobreviveram ao calor. Eu estava ligado nas formigas, eu acho. Eu vi quando elas vieram e carregaram as formigas mortas na superfície – elas estavam se alimentando de seus camaradas mortos. ”

Então, depois de um grande incêndio que devastou casas e vidas, milhares de ideias surgiram na cabeça de Will Wright, que em 1993 iniciou o projeto The Sims, que seria lançado 7 anos mais tarde, em fevereiro do ano 2000.

Artigo escrito por Tracey Taylor do jornal Berkeleyside.

Fonte
Berkeleyside

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2 Comentários

  1. Uau muito inteligente a idéia deste Homem, hoje um dos jogos mais jogos do mundo e cativa a cada dia mais e mais pessoas!!!

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