Artigos ExternosThe Sims 4

Os 10 Maiores Problemas do The Sims 4

Entenda as razões que tornaram o The Sims 4 a geração mais controversa de toda a franquia The Sims.

No ano 2015, uma jogadora de The Sims chamada “Elaine” foi convidada pelo site britânico Metro.co.uk para falar a respeito da situação complicada em que o The Sims 4 se encontrava. Naquela época, mais especificamente em setembro daquele ano, a quarta geração enfrentava um de seus momentos mais difíceis e delicados, talvez uma de suas piores fases, e tudo por conta da enorme quantidade de recursos que até então estavam ausentes do jogo.

Para vocês terem uma ideia, em setembro de 2015 fazia cerca de um mês que a segunda expansão do The Sims 4, intitulada de “Junte-se à Galera”, havia sido anunciada, e a quantidade de recursos substanciais gratuitos que haviam sido disponibilizados via atualizações de jogo estava muito longe de poderem ser equiparadas a tudo o que o jogo possui nos dias de hoje, no entanto, mesmo após 5 anos desde a criação do artigo original, tudo o que é dito e citado nele continua fazendo muito sentido, pois boa parte das insatisfações são as mesmas, e os problemas ainda continuam existindo, talvez em menor escala, ou em maior, depende do ponto de vista de cada jogador.

Tendo em vista o quão interessante, e o quão ainda faz sentido o artigo criado por Elaine a respeito do problemas do The Sims 4, nós tomamos a liberdade de traduzi-lo para que todos possam ler. Confira!

Os 10 Maiores Problemas do The Sims 4

“Se o The Sims 4 não vender, não haverá um The Sims 5″ –  Grant Rodiek”
(Conhecido na comunidade como SimGuruGrant)

Este foi o ultimato dado à comunidade The Sims nos primeiros dias após o lançamento do The Sims 4. Um ano depois, as críticas ao jogo continuaram (isso em 2015). Será que elas ainda fazem sentido nos dias de hoje, em pleno 2020?

1. Ainda antes do lançamento, já havia controvérsias em torno do The Sims 4.

No início de 2014, um ex-funcionário da EA que trabalhou no The Sims 4 revelou que o jogo havia sido criado originalmente como um projeto de jogo online que levava o codinome ‘Olympus’, e que foi desenvolvido entre 2008-2012. Não só haviam perguntas e respostas por parte desse ex-membro da equipe, como também capturas de tela e um vídeo conceitual do jogo em si. E tudo combina muito com o ‘visual’ do The Sims 4 que vemos nos dias de hoje. Assim que o ‘vazamento’ foi identificado, a Electronic Arts rapidamente agiu para conter a notícia. No entanto, os principais fã-sites de notícias sobre The Sims conseguiram acompanhar as informações e preservaram esses dados para referência futura.

 



Durante a produção do The Sims 4, o SimGuruGrant afirmou que o jogo teria todos os estágios de vida existentes como no The Sims 3, mas cerca de um mês antes do lançamento da nova geração, a equipe de desenvolvimento anunciou que haviam cortado alguns recursos principais do The Sims 4. Um dos maiores cortes de recursos, se não o maior, foram os bebês, um estágio de vida que tem sido básico e fundamental desde The Sims 2. Houve até mesmo uma petição online pedindo para que o jogo fosse adiado a fim de haver tempo para que bebês fossem adicionados, e ela chegou a ter mais de 25.000 assinantes.

Rachel Franklin (Gerente Geral da Maxis e Produtora Executiva do The Sims 4) e Ryan Vaughan (Produtor) divulgaram blogs para explicar o por que os cortes terem sido feitos e como a estrutura do jogo estava pronta para para receber novos recursos com facilidade. Suas intenções eram tentar preservar as pré-vendas do jogo que haviam sido realizadas. O tom era, compreensivelmente, otimista e cheio de promessas para o futuro. Eles abordaram a falta de piscinas e bebês diretamente e se justificaram sobre o por que da ausência desses recursos. Eles também prometeram uma melhor comunicação. Isso deu a muitos clientes a impressão de que, apesar do jogo estar prestes a ser lançado de forma incacabada, a equipe do The Sims cumpriria suas promessas.

No entanto, após os anúncios iniciais de piscinas, fantasmas e duas carreiras extras para acalmar os ânimos da comunidade, os desenvolvedores se calaram em relação aos bebês. Houve até mesmo um tópico feito no Fórum Oficial do The Sims que levava o título de “O Silêncio da Maxis/EA sobre jogadores que gostam de jogar The Sims Criando Famílias” que foi feito como um lembrete para a EA, para reforçar que os bebês não deveriam ser esquecidos. O tópico angariou milhares de comentários e páginas, e apesar de tudo isso, os produtores não se pronunciaram em nenhum momento.

Também houve afirmações por parte dos produtores sobre como a nova tecnologia do jogo é limitada, o que contradiz o que eles mesmos diziam no período de divulgação do The Sims 4, quando enalteciam o quanto ela era promissora.

Você pode ver imagens e até vídeos do “The Sims 4 Olympus”, a versão de desenvolvimento do The Sims 4, nos links abaixo:

2. A ‘Visão’

Desde o lançamento do The Sims 4, o termo “visão” tem sido frequentemente usado pelos produtores para responder algumas perguntas. No entanto, essa nova ‘visão’ nunca foi compartilhada com os jogadores/clientes. Se você deseja fazer mudanças fundamentais em uma sequência, precisa ser honesto e permitir que as pessoas saibam qual é essa visão. Uma visão deve ser capaz de inspirar as pessoas a apoiá-la se for maravilhosa. Uma visão vaga não é suficiente para responder críticas e esperar que ela resolva os problemas do jogo por si mesma.



3. Destinando o faturamento do The Sims 4 a outros jogos

O faturamento do The Sims 4 foi destinado a jogos como Titanfall e Battlefield. Isso é válido, afinal, o lucro de um jogo não é isolado apenas para ele, mas para a empresa como um total, porém, é bastante injusto se justificar alegando “falta de recursos” e depois dar aos clientes do The Sims um produto que seja inferior. Os desenvolvedores frequentemente afirmam que os recursos básicos de versões anteriores do The Sims são muito caros para o The Sims 4 com seu orçamento atual.

4. ‘Uma base verdadeiramente estável’ 

Produtores como Graham Nardone e Ryan Vaughan afirmaram que o The Sims 4 é um jogo de base verdadeiramente estável. Foram tantos os cortes feitos que, aparentemente, a estabilidade deveria ser uma espécie de compensação. Ainda assim, o jogo foi crivado por bugs desde o seu lançamento.

Abaixo estão alguns exemplos dos bugs mais sérios:

Uma questão importante que chamou a atenção da EA por meses foi o bug do incesto, que é um bug inaceitável para um jogo classificado para adolescentes. Este bug faz com que sims de uma mesma família tenham interesses românticos por seus filhos e outros parentes. Este é um problema que quebra a experiência de jogo para muitas pessoas.

A questão do abate é outro problema relatado desde o lançamento do The Sims 4. Ele acontece quando a população de Sims no jogo chega ao número de 180 habitantes. Nesse ponto, o jogo começa a excluir Sims que excedam esse valor, mesmo que eles sejam Sims que você tenha se relacionado ou procriado. Até recentemente, a equipe de desenvolvimento dizia que o abate de sims estava ‘funcionando como deveria’. Agora, no entanto, eles afirmam que estão dando uma olhada nele para tentar resolver algumas coisas. O problema é que o jogo sempre gera sims cada vez que você passa por uma tela de carregamento, e isso faz com que ele atinja o limite de 180 sim de forma relativamente rápida. Alguns modders até criaram mods para contornar a situação e remover o limite de 180 sims.

5. ‘Estamos ouvindo’

Esta é a declaração da EA/Maxis aos seus jogadores. No entanto, alguns se preocupam se isso é realmente verdade. A cada entrevista concedida pela equipe de desenvolvimento e executivos da EA, suas respostas mostram o completo oposto. Peter Moore, um dos executivos da Electronic Arts, chegou a dizer, quando questionado sobre a falta de recursos no The Sims 4, que os jogadores ‘esquecem’ que leva anos para que o jogo receba todos os seus recursos, e que agora que ele está recebendo as primeiras expansões, está começando a melhorar. E que os Simmers estão se tornando “jogadores hardcore” motivados pela ausência de “piscinas e bebês”.

Rachel Franklin, Gerente da Maxis, chegou a afirmar ao Metro que remover os bebês foi a melhor decisão a ser tomada para o jogo naquele momento.

Quando você tem clientes dando a você o benefício da dúvida sobre um recurso como esse, a última coisa que você faz é dar a impressão de que está banalizando suas reclamações válidas.



6. Vai muito além de ‘apenas’ Bebês, Criar um Estilo ou muitas outras coisas

Os bebês se tornaram um símbolo de algo maior. A forma como a EA lançou a The Sims 4 inacabado, e parecer acreditar que o jogo vale o preço de um título de alto orçamento é um grande problema. Não houve redução dos problemas com um preço menor.

Tenho visto jogadores na comunidade sugerirem que se o The Sims 4 tivesse sido comercializado a um preço mais barato ou mesmo como um jogo ‘paralelo’, eles não teriam ficado tão frustrados pela aparente falta de recursos. O que quero dizer com isso tem a ver com os itens básicos vistos no jogo nos últimos 5-14 anos. Que incluem bebês, ferramentas de terreno e Criar um Estilo – foi criado até mesmo uma lista com 82 recursos cortados do desenvolvimento que não incluem conteúdos de pacotes de expansão.

7. Simulação

A franquia The Sims fez muitos avanços tecnológicos nos últimos 15 anos, embora o The Sims 4 pareça ter retrocedido ou ignorado completamente tais avanços. Este é um jogo que deveria ser uma simulação de vida, mas dificilmente tem qualquer simulação ocorrendo dentro dele. Os bairros movimentados são uma ilusão, e os jogadores que jogam com mais de uma família podem facilmente descobrir a falsa imersão.

No passado, o aspecto da simulação sempre reconhecia quando os sims deveriam estar no trabalho ou na escola, evitando que os Sims aparecessem em momentos inapropriados. Isso não acontece no The Sims 4. Você provavelmente verá crianças vagando pela vizinhança durante o horário escolar.

A simulação também carece de interações sim-a-sim. Suas reações são sempre as mesmas, não importa o que aconteça. Seus traços de personalidade não os tornam únicos. Sims que supostamente são ‘desleixados’ são limpos como todos os outros, e completamente espontâneos. Além das animações de quando os Sims ficam parados, elas são todas iguais, o que significa que o jogo carece de profundidade.

8. “Fácil de fazer mods”

Os mods feitos pelos jogadores devem ser atualizados praticamente a cada nova atualização de jogo. Às vezes, há atualizações até duas vezes por mês. Para qualquer jogador que usa mods, eles precisam esperar pela atualização do mod ou correrem o risco de corromperem seu jogo salvo caso tentem jogar com eles desatualizados. Isso colocou muita pressão sobre os modders e alguns até desistiram e deixaram a comunidade.

Em títulos anteriores da franquia ‘The Sims’, os modders corrigiam os bugs que quebravam o jogo, e que a EA e Maxis continuamente ignoravam. Sem mods, algumas versões do jogo seriam completamente impossíveis de serem jogadas. A EA e a Maxis parece confiar demais na comunidade modder para que o jogo seja consertado, e não sabemos como isso afetará o The Sims 4 a longo prazo.

9. Todos os clientes que fornecem feedback devem ser apreciados

Muitas das pessoas que pedem melhorias no jogo são leais à franquia há quase 15 anos. É falso sugerir que eles não sabem o que pensam ou o que esperam do jogo. Sem o sucesso das versões anteriores impulsionadas por todos os seus clientes, é provável que o The Sims 4 sequer tivesse existido.



10. O legado do SimCity 2013

Muitos dos fãs do The Sims também eram fãs do SimCity. Depois da maneira como esse jogo foi tratado, em que a EA afirmava que o jogo era ótimo, apesar das críticas, lembra muito o que está acontecendo em torno do The Sims 4. Os fóruns e outros lugares nas redes sociais mostram que está acontecendo neste momento com a comunidade.

Todos nós vimos a EA acabar com o SimCity 2013 sem nenhum aviso prévio, fechar o estúdio da Maxis em Emeryville e demitir seus desenvolvedores sem nem mesmo uma explicação aos fãs sobre o que estava acontecendo. É por isso que os jogadores são tão apaixonados por ‘lutar’ por seu amado The Sims – porque até agora não há competição no gênero de simulação de vida.

No final, tanto a EA quanto a Maxis farão o que quiserem. Eles provavelmente seguirão no mesmo silêncio, ignorância fingida e entusiasmo absoluto enquanto as reclamações continuam. As pessoas vão superar seus próprios níveis de tolerância e esperança para depois desistirem do jogo, e alguns irão, com sorte, continuar a jogá-lo nos próximos anos.

No entanto, ao ignorar os problemas, eles estão se abandonando acima de tudo. A promessa do CEO da Electronic Arts, Andrew Wilson, de que “O Jogador Vem em Primeiro Lugar” será vista como nada além de uma mentira, e os jogadores continuarão falando da má reputação da EA.

Eventualmente, até mesmo as maiores empresas devem perceber que o feedback vem daqueles que se importam, e você não pode comprar esse tipo de lealdade. Uma vez que ela se perde, é muito difícil de consegui-la de novamente.

Por favor, tenha em mente que este artigo estão defasadas tendo em vista que o mesmo foi originalmente criado no ano de 2015, muito antes de muitas atualizações e melhorias chegarem ao The Sims 4.

Importante ressaltar também que Rachel Franklin não é mais a Gerente Geral da Maxis, cargo que atualmente é ocupado por Lyndsay Pearson.

Fonte
Metro.co.uk

SimsTime

O SimsTime é um dos principais fã sites de The Sims no Brasil e temos como objetivo trazer todas as últimas novidades e informações sobre o jogo!

4 Comentários

  1. O artigo é antigo, mas descreve muito bem a situação do jogo hoje! Triste ver como a EA não liga para seus jogadores 🙁

  2. Eles dizem ouvir os simmers, mas não pedimos batuu. Pedimos caronas, escola/creche ativa, ladroes, campainhas, progressao de historia e cadê? CADÊ, EA?

  3. Entra gerente, sai gerente e a falta de consideração com os jogadores continua. Eles só vão dar valor quando o Paralives ou outro simulador trazer, de uma vez, tudo o que nós gostaríamos que tivesse no The Sims.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo